O presente trabalho tem por objetivo investigar algumas razões e justificativas que levaram Paul Karl Feyerabend a compreender a ciência e a sua evolução como empreendimento anárquico. Para alcançar este objetivo será necessário analisar a máxima feyerabendiana que assevera: “O único princípio que não inibe o progresso é: tudo vale”. Do mesmo modo, o trabalho examinará os argumentos que o autor de Contra o Método elabora ao sustentar a possibilidade da ciência progredir, atuando contraindutivamente.
Paul Feyerabend está situado em um ambiente propício à crítica da ciência. Para compreender isso basta recorrer a alguns teóricos que são seus contemporâneos. Karl Popper, por exemplo, sustenta que a ciência progride por meio de um processo de refutabilidade de teorias estabelecidas, seguida da conjectura de novas teorias. É o chamado método da falseabilidade. Outro exemplo aventado é o de Tomas Kuhn. Este epistemólogo fala de uma ciência revolucionária que busca superar a ciência vigente justamente naquilo que ela não pode resolver. Para Kuhn o progresso da ciência acontece precisamente na ruptura de modelos tradicionais por modelos revolucionários. Ora, se Feyerabend segue o mesmo caminho das refutações científicas e das revoluções científicas como então propõe o seu anarquismo epistemológico?
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Palavras-chave: Oportunismo; Liberdade; Anarquismo; Publicidade; Progresso; Ciência
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REFERÊNCIAS
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FEYERABEND, Paul Karl. Contra o Método: esboço de uma teoria anárquico da teoria do conhecimento. (Trad.: Leônidas Hegenberg) Rio de Janeiro: F. Alves, 1977.
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CHALMERS, Alan F. O Que é Ciência Afinal? (Raul Filker) Brasília: Brasiliense, 1993.
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KNNELER, George Frederick. A Ciência como atividade humana. Rio de Janeiro: Zahar, 1980.
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