19 de jun. de 2013

O ANARQUISMO EPISTEMOLÓGICO DE PAUL KARL FEYERABEND


      O presente trabalho tem por objetivo investigar algumas razões e justificativas que levaram Paul Karl Feyerabend a compreender a ciência e a sua evolução como empreendimento anárquico. Para alcançar este objetivo será necessário analisar a máxima feyerabendiana que assevera: “O único princípio que não inibe o progresso é: tudo vale”. Do mesmo modo, o trabalho examinará os argumentos que o autor de Contra o Método elabora ao sustentar a possibilidade da ciência progredir, atuando contraindutivamente.
      Paul Feyerabend está situado em um ambiente propício à crítica da ciência. Para compreender isso basta recorrer a alguns teóricos que são seus contemporâneos. Karl Popper, por exemplo, sustenta que a ciência progride por meio de um processo de refutabilidade de teorias estabelecidas, seguida da conjectura de novas teorias. É o chamado método da falseabilidade. Outro exemplo aventado é o de Tomas Kuhn. Este epistemólogo fala de uma ciência revolucionária que busca superar a ciência vigente justamente naquilo que ela não pode resolver. Para Kuhn o progresso da ciência acontece precisamente na ruptura de modelos tradicionais por modelos revolucionários. Ora, se Feyerabend segue o mesmo caminho das refutações científicas e das revoluções científicas como então propõe o seu anarquismo epistemológico?
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Palavras-chave: Oportunismo; Liberdade; Anarquismo; Publicidade; Progresso; Ciência
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REFERÊNCIAS
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FEYERABEND, Paul Karl. Contra o Método: esboço de uma teoria anárquico da teoria do conhecimento. (Trad.: Leônidas Hegenberg) Rio de Janeiro: F. Alves, 1977. 
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CHALMERS, Alan F. O Que é Ciência Afinal? (Raul Filker) Brasília: Brasiliense, 1993. 
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KNNELER, George Frederick. A Ciência como atividade humana. Rio de Janeiro: Zahar, 1980. 

8 de jun. de 2013

A GENEALOGIA E A ÉTICA DO CUIDADO DE SI EM NIETZSCHE


A GENEALOGIA E A ÉTICA DO CUIDADO DE SI EM NIETZSCHE

Sérgio Fernando M. Corrêa1
Mestrando em filosofia pela UF-Pel e professor do IF-Sul, Campus Camaquã-RS.

Resumo: O propósito deste projeto de pesquisa é analisar a Moral sob a perspectiva da Interpretação Genealógica e Naturalista desenvolvida por Nietzsche. Nisto tenciona verificar a crítica feita por Nietzsche às tentativas de fundamentação a priori da moral feita pela tradição metafísica. Num segundo momento intenta-se evidenciar como Michel Foucault se apropriou da “ferramenta” desenvolvida por Nietzsche para construir sua própria genealogia e propor a ‘ética’ da arte de viver e do cuidado de si.

Palavras-chave: Interpretação, Genealogia, Moral, Ética, Naturalismo.

Résumé: Le but de ce projet de recherche est d'analyser le point de vue moral sous l'interprétation de généalogie naturaliste et développé par Nietzsche. En cela, dans l’intention de de vérifier la critique par des tentatives de Nietzsche à des a priori de la morale faites par la tradition métaphysique. Dans un second moment tente de montrer comment Michel Foucault approprié «l'outil» mis au point par Nietzsche pour construire votre propre généalogie et de proposer l' « éthique » de l'art de vivre et du le souci de soi.

Mots-clés: Interprétation, Généalogie, Moral, Éthique, Naturalisme.

Zusammenfassung: Der Zweck dieses Forschungsprojektes ist es, die Moral über die Perspektive der genealogischen und naturalistischen Interpretation die von Nietzsche entwickelt wurde zu analysieren. Es möchte die von Nietzsche erbrachte Kritik über die Begründung a priori der Moral von der metaphysischen Tradition überprüfen. Ein zweites Ziel des Forschungsprojektes will zeigen wie Michel Foucault das von Nietzsche entwickelte „Werkzeug“ benutzt, um eine eigene Genealogie zu bauen und die,, Ethik“ über der Kunst zu leben so wie für sich selbst Fürsorge zu treffen.

Schlüsselwort: Interpretation, Genealogie, Moral, Ethik, Naturalismus.

1 E-mail: fer.ser29@gmail.com

4 de jun. de 2013

Resumo - Criação, Literatura e Filosofia


O MUNDO DA VIDA E A CRIAÇÃO NA LITERATURA: O CASO DE GRACILIANO RAMOS EM VIDAS SECAS.

Sérgio Fernando Maciel Corrêa*
E-mail: fer.ser29@gmail.com

O tema geral deste trabalho é a literatura sob o olhar de uma Filosofia da Arte e propõe-se, não obstante, a refletir filosoficamente sobre a literatura de acordo com a proposta metodológica dedutiva que principia de uma ordem geral e culmina numa plano particularizado. Para dar conta desta proposta partiremos da estrutura em geral do conceito de literatura para então analisarmos em uma obra específica – Vidas Secas de Graciliano Ramos. O primeiro ponto desta apreciação tratará dos critérios que permitem a alguém distinguir um texto literário de um não literário. Também faremos uma análise da origem da Arte Literária, isto é, ‘qual sua maior matéria prima’. Tendo em vista estes pressupostos, o segundo ponto então, se ocupará de uma possível conceitualização da literatura.

No terceiro momento, já perseguindo o objetivo específico do trabalho nos deteremos em um literato específico, no caso: Graciliano Ramos. Em primeiro lugar nos prestaremos a uma passada de ‘vista’ nas Obras produzidas por Graciliano Ramos e nos principais aspectos de sua biografia. Em seguida estreitaremos ainda mais a condução do trabalho, pois este irá se deter em uma Obra particular de Graciliano Ramos: Vidas Secas. Neste momento nos concentraremos na análise estrutural da obra, qual sua origem etc. Em seguida traremos uma reflexão sobre a criação artística a partir das experiências vividas para finalmente verticalizar no capítulo Baleia, de Vidas Secas.

Ao percorrer todos estes passos queremos, ainda que de forma limitada, nos apropriar de uma visão bem geral e primária do que de fato é a Literatura. Do mesmo modo, pretendemos abordar qual é a origem da Literatura, isto é, como ela se configura. Desta maneira acreditamos que esta breve análise do artista Graciliano Ramos e de sua obra Vidas Secas, vai corroborar com as proposições postuladas para este trabalho.

Palavras-chave: Literatura; Antropologia; Obra de Arte; Ética; Existência.

* Professor de EBTT da disciplina de filosofia no Instituto Federal de Educação Sul Rio-Grandense, Campus Camaquã – RS. Mestrando do programa de pós-graduação em filosofia da UFPel, Pelotas, RS.