21 de abr. de 2014

A crise de sentido e de fundamento!

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Vive-se, no mundo contemporâneo, uma contínua atmosfera de tensão, de “morte” dos valores, de ausência de sentido, de “bancarrota” dos Grandes Ideais – Deus, Bem, Justiça e Verdade. Autores, livros, obras clássicas, propostas filosóficas apontam para a crise, a dissolução do sentido, o niilismo, o fim dos grandes valores da Modernidade que afetam o Ser Humano contemporâneo e suas Instituições.
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A ausência de bases firmes que garantam uma ação ética livre e uma consciência moral clara geram a insegurança. Sucede que a falta de sentido “ronda”, se é que já não destruiu o que resta de possibilidade para a fundamentação da moral e da ética. Isto indica que as instituições positivas, como os tribunais, não garantem de fato a justiça. O tradicional modelo familiar, como é conhecido, não assegura a priori a felicidade das pessoas. As instituições religiosas não proporcionam mais a confiança metafísica da escolha certa do Bem em negação do mal previamente determinado. Mesmo os paradigmas científicos padecem pela ausência de um princípio seguro e de uma “tábua” de valores sólidos e estabelecidos.
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Fenômeno semelhante acontece com os códigos de direito e a ação política que não asseguram a liberdade e a igualdade – valores supremos da modernidade, o que resulta na dissonância entre a existência concreta das pessoas e as páginas dos códigos de ética aplicada, de direito e de moral.
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Decorre que a ética e a moral estão também inseridas no contexto de vazio apontado acima. Para averiguar basta analisar os valores como a liberdade, a justiça, a veracidade, a felicidade e a bondade e constatar que estes estão profundamente abalados. Isso tem uma razão clara: as referências tradicionais que os sustentavam em outros tempos, hoje não os sustentam mais. Os sistemas filosóficos que outrora justificavam e fundamentavam o agir e a avaliação moral, ruíram...